Curso ABC da Agricultura Orgânica na Quinta Ecológica da Moita, Oliveirinha
No passado fim-de-semana, dias 13; 14 e 15 de julho, Jairo Restrepo, consultor e líder mundial em agricultura orgânica, realizou um Curso de Agricultura Orgânica na QEM intitulado «ABC da Agricultura Orgânica».
Com o apoio da ASPEA e da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro o curso Teórico e Prático permitiu aos formandos receber formação sobre técnicas muito diversas, nomeadamente: bocashi, biofertilizantes, farinha de rochas, caldo para controlo de pragas, caldos com água do mar e, ainda, técnicas orgânicas para entender e recuperar a fertilidade dos solos.
No curso participaram cerca de 25 pessoas vindas de todo o país para receber formação de Jairo Restrepo, considerado «um educador admirável que apaixona pelas suas propostas práticas, simples, baratas, apropriadas e replicáveis, pela sua seriedade e rigor científico e por sua vez subversivo, enchendo de motivação aqueles que participam nos seus eventos».
O objetivo primordial deste curso foi munir os participantes de ferramentas práticas para trabalhar a favor da natureza, melhorando a produção e qualidade dos cultivos regenerando, ao mesmo tempo, a fertilidade dos solos.
O propósito desta formação pautou-se pelo fornecer de conceitos (práticos e teóricos) sobre os quais se constrói a proposta da Agricultura orgânica e regenerativa. Este curso comportou a experiência prática (dizer, fazer e experimentar) com os participantes e ofereceu ferramentas aplicáveis à realidade agrícola, com exemplos concretos expondo diferentes processos e experiências de transição (de agricultura convencional para uma agricultura de enfoque biológico).
Na opinião de Íris Silva, Engenheira do Ambiente, e participante no curso «cursos como este são cada vez mais importantes. É fundamental olharmos para a agricultura de uma maneira mais sustentável e com menos impactos negativos para o ambiente e para a saúde humana. Em Portugal, onde a agricultura é uma parte tão fundamental, é necessário procurar técnicas diferentes, que permitam cuidar e regenerar os solos e produzir alimentos verdadeiramente orgânicos e com todos os seus benefícios.
Felizmente há cada vez mais pessoa interessadas na produção dos alimentos de uma forma sustentada, como se pode perceber pela adesão a este curso e pelo interesse dos participantes, que estiveram interessados, envolvidos e com vontade de pôr mãos à obra».
Nota:
Agricultura Orgânica não é um conjunto de técnicas, é antes uma postura filosófica frente à vida. Tem como princípio o respeito à Vida. Vida é toda a manifestação planetária. A agricultura convencional impõe-nos altíssimos custos sócio ambientais, destruição e desrespeito, onde o consumo imposto degenera os solos e seus habitantes. Os processos de transição não são fáceis, e, entretanto eliminar o consumo de agrotóxicos e fertilizantes artificiais mobiliza um processo de ATITUDE no agricultor, onde este restabelece valores que ainda estão na sua memória corporal.
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