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Jogo de Simulação na COY15 para alertar consciências

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Artigo de opinião, por Ana Sofia Henriques

Imagina que és decisor político de um país desenvolvido ou talvez membro de uma empresa de "clean tech". Que ações proporias para ajudar o mundo e impedir que a temperatura aumente mais de 1.5ºC no ano de 2100, relativamente à era pré-industrial? Foi isto que fizemos na manhã de 30 de novembro na COY15, em Madrid.

Climate Action Simulation é o nome do workshop onde pudemos experimentar o simulador EnRoads, desenvolvido pela Climate Interactive. Este programa permite aos utilizadores entrarem num cenário fictício de uma negociação climática e agir como representantes de países desenvolvidos; empresas de tecnologias sustentáveis; agricultura, território e floresta; ativistas de justiça climática; países em desenvolvimento; energia convencional; indústria e comércio ou países imergentes.

Na primeira ronda, cada grupo teve de apresentar uma ação para ajudar a resolver o problema das alterações climáticas e, ao introduzir essa ação no software, foi possível ver a diferença que a mesma provocou. Na segunda ronda, os grupos tiveram que negociar entre si e concordar em determinadas medidas. O objetivo do “jogo” foi fazer com que o aumento da temperatura seja apenas 1.5ºC (temperatura que os estudos mostram ser a necessária para impedir uma crise climática).

Através dos múltiplos gráficos que tomam em consideração dezenas de variáveis (crescimento populacional, crescimento económico, eficiência energética, emissão de gases com efeito de estufa, impostos ao carbono, uso de carvão, petróleo, gás e energias renováveis, entre tantos outros) é possível avaliar o verdadeiro impacto de uma medida.

Propostas de ações apresentadas

- Fazer com que os combustíveis fósseis paguem altos impostos, cuja receita será utilizada para investigação e desenvolvimento de novas fontes de energia zero-carbon (sugerida pelo grupo de clean tech). Esta ação teve um impacto muito grande, visto que alterou a diferença de temperatura de +4.1ºC para +3.5ºC.

- Promover florestação em países em desenvolvimento (usando 50% do território disponível), apresentada pelos países desenvolvidos. Esta ação, surpreendentemente, teve um impacto muito baixo na temperatura - não a alterou. A razão para tal é o facto de a captação de carbono só ocorrer quando as árvores têm mais de 40 anos, logo é um processo muito lento.

- Crescimento económico moderado, ação proposta pelos representantes da indústria e comércio, que teve um impacto negativo, visto que fez a temperatura subir de +1.8ºC para +1.9ºC (porque o crescimento económico está relacionado com o crescimento populacional).

Em conclusão, percebemos que os esforços necessários para atingir o objetivo em causa são extremamente difíceis e que necessitam da colaboração de todos os interessados e stakeholders. Ainda que as ações com maior impacto sejam geralmente globais, há medidas que nós, indivíduos, podemos adotar, tais como: apoiar candidatos políticos que priorizam o ambiente; prestar atenção para qual o destino final do dinheiro que gastamos e que empresas apoiamos; reduzir o consumo de carnes vermelhas.

Esta experiência foi muito útil e necessária para compreender o cenário real e geral, a chamada big picture, e os verdadeiros efeitos das nossas ações. O programa EnRoads foi publicamente lançado a 3 de dezembro, na COP25.

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