As XXVI Jornadas de Educação Ambiental dão a conhecer dezenas de projetos inovadores
No primeiro dia, 6 de março, das XXVI Jornadas de Educação Ambiental, Cátia Cardoso, da Junta de Freguesia de Olivais, moderou as sessões de comunicações orais breves, onde várias entidades apresentaram os seus projectos.
Iniciando as apresentações, Ana Catarina Narciso expôs a “Horta Fcul”, um projecto voluntário com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde assentam três pilares da permacultura: “cuidar da terra, cuidar das pessoas e partilhar os excedentes”.
Diana Boaventura, da escola Superior de Educação João Deus, centra o seu projecto, “Edumar”, na educação para as alterações climáticas através da ciência cidadã, utilizando como instrumento a aplicação “iNaturalist”, que se foca no conhecimento de espécies marinhas por toda a sociedade.
A contribuição da cartografia social na construção da política municipal da educação ambiental da Foz do Iguaçu (Paraná-Brasil) foi o tema apresentado por Ana Cristina Ferreira Neta (associada ao Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade Autónoma de Lisboa), que acentuou a ideia de que o conhecimento é transmitido entre povos através de experiências pessoais e da acção dos que nos rodeiam, introduzindo desta maneira políticas e informação.
“Oeste+Ciência”, trabalho exposto por Catarina Peraltinha (membro da empresa “GO-We”), refere a importância do território e da ciência para a promoção do sucesso escolar. Este projecto pretende despertar o interesse dos alunos pelo método científico e aumentar o conhecimento destes sobre o seu território.
Filomena Cardoso Martins, pertencente ao departamento de Ambiente e Ordenação da Universidade de Aveiro, com “ A geografia como instrumento de educação ambiental para a acção climática e a preservação da biodiversidade” reforça a necessidade da utilização desta disciplina nos planos curriculares para uma melhor percepção do ambiente.
Norma Barbado, do Instituto Federal do Paraná, informa-nos do “Abraço ambiental como processo trans (formador) de espaços urbanos” , um projecto que visa incluir os jovens na proteção do ambiente.
Representando a “MONTIS”, Pedro Portela de Oliveira, apresenta as vantagens do voluntariado ao serviço da gestão de terrenos marginais, dando especial atenção aos afectados por incêndios.
Carla Sousa Santos, da MARE-ISPA, dá a conhecer “Peixes Nativos”, um projecto de educação ambiental desenvolvido em parceria entre o ISPA- Instituto Universitário e a Águas do Tejo Atlântico, S.A.
O projecto “Morcego na Praça”, apresentado por Luciana de Moraes Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tem como objectivo melhorar a relação da população com os morcegos, desmistificando alguns assuntos relacionados com os mesmos.
Por último, Ana Picanço explica o projecto “À (Re)descoberta da natureza dos Açores” posto em prática pelo Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Universidade dos Açores. Esta iniciativa contribui para a conservação e promoção da biodiversidade e para a investigação da importância da tecnologia móvel nesta área.
O painel “Comunidades Sustentáveis” permitiu aos participantes conhecerem um pouco melhor o porquê de Lisboa ter recebido o galardão de Capital Verde 2020 e como se sentiu e efetuou a transição para a sustentabilidade na cidade, através da intervenção de Duarte Mata (Câmara Municipal de Lisboa).
Por outro lado, foi partilhada a experiência das hortas sintrópicas na escola de Santana de Cambas, por Goretti Oliveira e Dayana Andrade (Projeto “Life in Syntropy”) e o projecto “Escolas na Natureza”, por Manuela Correia (Instituto de Comunidades Educativas).
Artigo redigido por Carolina Vidal, Carolina Santos e Ana Sofia Henriques