As trutas, os moluscos e a impotência: histórias das Jornadas

O segundo dia das XXIX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental começou antes mesmo do nascer do sol, para alguns dos participantes mais aventureiros que embarcaram num percurso de interpretação e fotografia de natureza nas Penhas Douradas. Os restantes puderam escolher entre quatro dinâmicas diferentes: Biodiversidade da Manta Morta; O Mural do Clima; Visita de Campo do Projeto Rios; e Viveiro de Trutas. Algumas jovens da AJN participaram nas atividades e partilharam a sua experiência.

“No viveiro das trutas aprendemos sobre a reprodução das mesmas e pudemos também observar de perto esta espécie. Na visita ao Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere, os participantes puderam mais uma vez observar as pegadas deixadas pela movimentação Glaciar e conhecer espécies tanto da flora e da fauna presente no Parque Natural da Serra da Estrela, inclusive espécies endémicas E não menos importante, recordar a importância da sensibilização da população local e turística para a preservação e proteção da biodiversidade.”

Jociele Moreira no Viveiro das Trutas
(visita dinamizada por Rafael Neiva e António Quaresma do ICNF)

 

“A saída de campo do Projeto Rios serviu como uma pequena previsão do que este projeto oferece e quais as suas potencialidades, como a aproximação da comunidade aos rios e a possibilidade de explorar os aspectos químicos, biológicos, culturais e históricos do rio adotado. Observamos os animais encontrados no rio, e a vegetação envolvente,  de modo a entender como é que os bioindicadores do rio e a flora e fauna envolvente conseguimos entender o nível de poluição do canal de água.”

Sofia Henriques no Projeto Rios
(atividade liderada por Mónica Maia-Mendes da ASPEA)

   

“No Mural do Clima interagimos com o ambiente de uma forma terapêutica e livre através de imagens e gráficos (em formato de carta) que se interligavam em causas e efeitos da atividade humana no planeta Terra. No final, o orientador da atividade Thomas Idas, promoveu uma corrente de pensamentos para expressarmos as nossas frustrações e sentimentos mais profundos sobre o tema: "O desespero associado à impotência é como uma floresta em chamas dentro de nós, mas depois das cinzas podem brotar plantas, assim como podemos sentir que há esperança de que o bem aconteça" , algo que retivemos durante a experiência.”

Inês Costa e Garcês e Oli Pires no Mural do Clima 
(atividade dinamizada por Thomas Idas da PLANTACTIONS)

Clarisse Ferreira dinamizou uma atividade de observação da biodiversidade da manta morta. Foi feita a observação da paisagem, a recolha de um ser vivo para estudo, de modo a perceber a diferença entre moluscos e insetos, e em seguida a sua libertação. Por fim, fizemos uma caminhada pelo parque e analisamos a flora que nos rodeava.”

Luizeth Carvalho, Rita Rebelo, Beatriz Alves, Daniela Couto e Ana Freitas na Biodiversidade da Manta Morta (atividade dinamizada por Clarisse Ferreira (ASPEA/ESQM))