A Rede

Descrição sumária

A Rede MAPEAR - Rede Educativa de mapeamento colaborativo da qualidade do ar ambiente", surge de forma a consolidar e proporcionar uma maior abrangência ao projeto piloto "MAPEAR - Mapeamento ambiental colaborativo da qualidade de ar e ruido". O projeto tem como objetivo a promoção da literacia socioambiental, na comunidade educativa, sobre os impactos da qualidade do ar e os seus efeitos sobretudo na saúde humana e deste modo incentivar à participação ativa no quotidiano das comunidades e cidades em que se inserem.

A Rede MAPeAR visa dar resposta às necessidades manifestadas pelos participantes do projeto piloto. Desta forma o projeto pretende:

 

Foram assim definidos 4 grupos de ação para, a capacitação dos professores coordenadores e monitores da rede, uma campanha de monitorização fixa e móvel de PM10 e PM2,5, a democracia participativa e políticas públicas locais em qualidade do ar ambiente, a comunicação e disseminação da rede mapear. Todas as atividades incluídas nestes grupos baseiam-se nos eixos descarbonizar a sociedade e valorizar o território da ENEA 2020, de acordo com os Objetivos Estratégicos de Educação Ambiental +aberta, +participativa e transversal em particular nas medidas #4 "Envolvimento dos cidadãos no seu km2 de ação, #5 "Valorização  do voluntariado ambiental, #10 "Promoção de campanhas de comunicação dirigidas aos cidadãos", #11 "Dinamização  de programas e atividades de EA" e #12 "Elaboração de programas municipais de educação ambiental".

As medições neste projeto irão focar-se na medição contínua (fixa) e pendular (móvel) de partículas PM10 e PM2,5 no ar ambiente das escolas associadas e núcleos regionais da ASPEA e respetivos percursos pendulares, atendendo que este é considerado um dos poluentes mais críticos em Portugal, excedendo em várias áreas urbanas os valores-limite de concentração permitida pela legislação em vigor; as partículas (PM) são responsáveis por diversos danos na saúde humana, património cultural e biodiversidade; a emissão de PM abrange todo o tipo de fontes emissoras; as PM10 são adequadamente medidas em todas as estações de monitorização (fundo, tráfego e industriais) da qualidade do ar ambiente em Portugal, sendo também monitorizadas as concentrações de PM2,5 em muitas destas estações, o que possibilita a comparação com os resultados medidos na rede MAPeAR; os equipamentos de medição estão devidamente calibrados e possuem sensibilidade de medição adequada para zonas urbanas, suburbanas e rurais; os medidores de partículas utilizados no MAPeAR são de fácil manuseamento e manutenção pelos alunos e monitores.

O conjunto de atividades proposto, pretende contribuir para uma aprendizagem ativa, inclusiva, colaborativa, interdisciplinar e humanista, de base ambiental e social, dentro do ensino formal, com práticas que reforcem as atuais competências, os princípios e os valores descritos no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, homologado pelo despacho n.º 6478/2017 de 26 de julho, em particular no que respeita às competências soft e hard da sustentabilidade, reflexão crítica, inovação, cidadania e participação.

 

Objetivos principais

O projecto proposto ambiciona introduzir metodologias de investigação-acção nas comunidades educativas, em temáticas ambientais menos desenvolvidas nas escolas, nomeadamente a qualidade do ar ambiente (partículas PM10 e PM2,5) e os seus efeitos sobretudo na saúde humana e, deste modo, incentivar à participação activa no quotidiano das comunidades e cidades em que as escolas se inserem – trata-se de enraizar a "aprendizagem fora de portas" através do recurso às novas tecnologias ao dispor da ciência cidadã. Por conseguinte, enumeram-se os principais objectivos SMART a atingir:

 

Equipa técnica

David Ramos Silva (Coordenador): Doutor em Ciências e Engenharia do Ambiente pela Universidade de Aveiro. Licenciado e Mestre em Engenharia do Ambiente pela Universidade de Aveiro. Vice-Presidente da ASPEA. Investigador Científico, Consultor e Gestor de Projectos na área das ciências e engenharia do ambiente, educação ambiental e bioenergia. Formador acreditado em Educação Ambiental para a Sustentabilidade pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua de Professores e Educadores (CCPFC).

Margarida Maria Correia Marques (Co-coordenadora e investigadora): Doutora em Ciências Florestais na especialidade Bioclimatologia pela Universidade de Göttingen, Alemanha. Licenciada em Engenharia do Ambiente pela Universidade Nova de Lisboa. Membro associado da ASPEA. Professora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, realizou uma sabática como investigadora no Instituto Max-Planck, no Departamento de Química das Partículas, em Mainz, Alemanha. Foi técnica superior da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo, na Divisão de Fiscalização, Controlo, Qualidade e Normas do Ar e do Ruído. Foi coordenadora técnico-pedagógica e docente de cursos de formação avançada em qualidade do ar ambiente e interior. É formadora acreditada em EA para a Sustentabilidade pelo CCPFC. 

Joaquim Ramos Pinto (Docente): Licenciado em Educação do Ensino Básico pela Universidade de Aveiro; Diploma de Estudos Avançados obtido pela Universidade de Santiago de Compostela, onde iniciou doutoramento no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em Educação Ambiental. Professor em mobilidade ao abrigo do protocolo entre o Ministério da Educação e Ministério do Ambiente, na coordenação de projectos de Educação Ambiental de âmbito nacional, Europeu e CPLP. Integrou a comissão organizadora e científica de várias jornadas, conferências e congressos de Educação Ambiental de âmbito nacional e internacional, e onde apresentou várias comunicações. Tem publicados vários artigos em revistas e jornais no âmbito de projectos e investigações que desenvolveu. Atualmente é presidente da ASPEA.

Vítor Almeida (Técnico especializado): Mestre em Ciências e Tecnologia do Ambiente pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (UP). Licenciado em Engenharia de Minas e Geoambiente pela Faculdade de Engenharia da UP. Desenvolveu a sua carreira profissional em diversas áreas do Ambiente, com maior incidência em projetos envolvendo SIG. Colabora com a ASPEA em vários projetos, na estruturação e análise de informação georreferenciada. Integra os órgãos sociais da ASPEA.

Maria João Vieira (Técnica superior): Bióloga. Gestora de Projectos em educação ambiental na ASPEA.

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