COP21 – OS DESAFIOS PARA PORTUGAL

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No dia 22 de abril (Dia internacional da Terra), na Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa, decorreu uma conferência intitulada COP 21 - Desafios para Portugal depois da Conferência de Paris que foi organizada pelo Instituo Dom Luiz.


Francisco Ferreira (FCT - UNL / ZERO) começou a sua palestra com uma introdução e colocação em contexto da história das cimeiras climáticas até ao dia de hoje. Ricardo Trigo (FC - UL), falou sobre a evidência cientifica das alterações climáticas ao nível mundial e também na Peninsula Ibérica. Explicou que nos últimos 40 anos, o excesso de energia gerado pelo aquecimento global, não se acumulou na atmosfera, mas sim nos oceanos. Filipe Duarte Santos (FC - UL) fez uma comparação entre o consumo energético de Portugal e da EU, também sublinhando a importância dos cenários climáticos futuros para poder avaliar os impactos nos diferentes setores socioeconómicos e sistemas biogeofísicos.


Os convidados seguintes foram Margarida Pereira (FCSH – UNL), Guilherme Carrilho da Graça (FC - UL) e Carla Silva (FC - UL). A primeira começou o seu discurso sobre as teorias e a história do urbanismo até à atualidade. Precisamente, é o desenvolvimento da cidade e o acrescentar do consumo pessoal e industrial que levou à perda da proximidade, um maior uso do carro e portanto, um acréscimo de problemas de contaminação urbana. Guilherme Carrilho da Graça lançou umas perguntas ao público: Porque construir? O que é um edifício sustentável? Depois continuou falando sobre como as teorias e modelos de eficiência energética da Europa do Norte não são precisos porque o clima mediterrâneo é diferente. Existe mesmo um conflito de interesses do tipo financiador versus utilizador e finalmente o arquiteto. É assim que os edifícios modernos têm uma duração de 50 anos, e durante este tempo devem de ser adaptados. Um dado interessante é que o cimento destas infraestruturas representa 6% das emissões globais de CO2.

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O último painel de convidados foi o mais variado com respeito às temáticas abordadas. Sofia Vaz (FCT – UNL), a moderadora do grupo, começou as palestras com a afirmação de que relativamente ao nosso futuro todos podemos ser eco-otimistas ou eco-depressivos. Depois Sandro Mendonça (ISCTE –IUL) continuou que há duas formas de reação na comunidade empresarial ou do governo: vão dizer que eles viram o problema há 10 anos ou que os funcionários públicos vão preparar um conjunto de políticas contra vários cenários climáticos. Mónica Trüninger (ICS - UL)falou sobre a alimentação sustentável. Na sua apresentação, ela enfatizou os impactos das alterações climáticas no domínio da agricultura: o aumento da temperatura, a diminuição da precipitação, as pragas, as novas relações produção-consumo, etc. Um dado que partilhou com o público foi que a agricultura atinge quase um quarto das emissões de gases de efeito de estufa (10% da agricultura e 24% se acrescentarmos a desflorestação e os usos do solo). Depois, continou a descrever como a pressão pode fazer-se desde diferentes pontos de vista ou escalões da sociedade, desde o movimento das hortas urbanas, ao consumidor, até o Acordo de Paris.


Mário Baptista Coelho (FC – UL) contou que as transições históricas sempre foram duras e que o mesmo vai acontecer nas próximas gerações. Em resumo, estas foram algumas informações partilhadas pelos especialistas com respeito à grande tarefa que Portugal tem face às alterações climáticas.

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