Projeto CareForest desenvolve atividades para a salvaguarda e valorização das florestas
O projeto europeu CareForest, cofinanciado pelo programa ERASMUS +, o instrumento financeiro por excelência para a educação e formação, concretizou já várias ações de sensibilização, envolvimento e intervenção.
Destas ações, destacam-se as reuniões com coordenações e grupos disciplinares em escolas de Aveiro e Coimbra, as reuniões com gestores de equipamentos de educação e interpretação ambiental, as sessões de trabalho com entidades e movimentos que atuam na dimensão das florestas, a participação em ação de plantação de árvores autóctones em Espanha e Portugal, as ações de voluntariado ambiental e as atividades com alunos e professores já concretizadas nas escolas associadas.
O projeto CareForest através das suas atividades objetiva a criação de recursos pedagógicos dedicados às temáticas das florestas. Estas ferramentas a disponibilizar à comunidade educativa destinam-se a complementar e enriquecer o ensino das matérias curriculares, tornando-o mais cativante e divertido.
O projeto pretende assim incentivar a um novo olhar sobre as florestas, os recursos a estas associados assim como os riscos a que estão sujeitas através da formação-ação também para a cidadania. Envolvendo toda a comunidade educativa e outros parceiros estratégicos, desde organizações não governamentais e municípios a empresas e escolas, a produção dos recursos e desenvolvimentos das atividades será sempre concretizada de forma participativa.
Neste contexto, foram mantidas reuniões de trabalho com escolas do distrito de Aveiro, nomeadamente, o Agrupamento de Escolas de Oliveirinha, o Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, e a Escola Profissional Vasconcellos Lebre. A primeira atividade prática dirigida a alunos decorreu em Coimbra, no Agrupamento de Escolas D. Duarte. Nesta Sessão, os alunos foram conduzidos a pensar no que constitui uma floresta, que desafios enfrentam e que soluções se apontam, fazendo o respetivo registo numa matriz de prioridades. Pretendeu-se, assim, passar da mera explanação sobre floresta, no abstrato, para o pensamento concreto sobre a realidade com que os alunos se deparam hoje nos seus estudos e, amanhã, na sua vida quotidiana e profissional. É objetivo do projeto alargar significativamente a rede de escolas envolvidas até ao final de 2021.
No âmbito do projeto, foram já realizadas duas ações de voluntariado ambiental na Quinta Ecológica da Moita, em Oliveirinha, um espaço de excelência para a Educação Ambiental, dinamizado pela ASPEA, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. Estas ações, para além de conferirem competências e capacidades aos participantes, têm servido para tratar dos espaços florestais da quinta onde decorrerão as atividades práticas do projeto, em contacto direto dos alunos e docentes com a floresta. Estas ações envolveram outras entidades cuja finalidade de proteção e valorização ambiental, também pela componente educativa, se encontra alinhada com os fins do CareForest: a Associação BioLiving, a Associação Charcos e Companhia, o grupo de trabalho SmartWoods (que mantém um viveiro florestal de árvores autóctones de forma participativa), o movimento Alvorecer Florestal (dedicado à promoção da floresta autóctone) entre outros.
O projeto CareForest também marcou presença na iniciativa Plantabosques 2020 que decorreu em Espanha e Portugal. Esta é uma iniciativa mantida há largos anos pela associação ADENEX na Extremadura e conta com a parceria da ASPEA para o seu desenvolvimento em Portugal.
O projeto conta ainda com o apoio de projetos e instituições académicas, contando com o apoio do Prof. Luciano Lourenço do Departamento de Geografia e Turismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Na Escola Superior Agrária de Coimbra, decorreu um workshop participativo sobre metodologias de controlo de espécies exóticas invasoras, no âmbito do projeto INVASORAS, tendo a equipa do CareForest sido convidada para a troca de experiências sobre esta matéria de forma a sistematizar informação e torná-la útil para quem necessita de atuar no terreno e replicar ensinamentos.
A crise da COVID-19 obrigou adiar muitas atividades programadas. Contudo, o projeto irá manter-se ativo através de atividades não presenciais com recurso às tecnologias de informação, e serão retomadas todas as ações práticas assim que a segurança em termos de saúde pública permitir.