Fomos explorar a Serra da Estrela

Como já é habitual nas 29 edições das Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental, muitas das atividades realizadas têm como objetivo promover o contacto com a natureza, a biodiversidade e a cultura local. Sendo Manteigas o local escolhido, as portas do auditório abriram-se, literalmente, para a imensa paisagem da Serra da Estrela, marcando o passo para as atividades do primeiro dia do evento.

Na caminhada pelas Faias de São Lourenço os participantes foram convidados a observar zonas destruídas pelos incêndios de agosto de 2022 e interpretar a flora local. Conduzidos por Rafael Neiva, do ICNF, e por Luís Jordão, do projeto Courelas de Guadalupe e Carrascosa, puderam também conhecer medidas de reconstrução dos ecossistemas florestais.

Os participantes que escolheram visitar a bela cascata, por entre o trilho rochoso e florestal, do Poço do Inferno, ouviram falar sobre os incêndios que atingiram a Serra da Estrela e a forma como Manteigas tem tomado medidas de resposta a este tipo de catástrofes. Em paralelo, falou-se da criatividade como possível motor da resposta para a sustentabilidade ambiental.

Outra das atividades no exterior foi no Sameiro, onde foi abordado o incêndio que atingiu a Serra da Estrela em 2022 e destruiu uma vasta área de floresta. No Skiparque foi dinamizada uma atividade com barro, com o objetivo de mostrar as potencialidades da livre iniciativa das crianças na natureza.

A visita ao CERVAS - Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens permitiu conhecer o espaço e ainda devolver à natureza um milhafre recuperado.

Para os participantes interessados em explorar a longa história do burel e outros produtos com lã, foi possível visitar a Fábrica da Ecolã, onde foi demonstrado o ciclo da lã desde a tosquia até ao produto final.

O Vale Glaciar do Zêzere foi outro dos locais de visita. A geodiversidade do vale e as marcas deixadas pela movimentação do Glaciar, ao longo dos anos, não deixou nenhum dos participantes indiferente.