Plataforma SIG
O processo participativo, em matéria ambiental, incorpora, inevitavelmente, uma forte componente territorial, o que acresce necessidades específicas relacionadas com os níveis de literacia espacial e diferentes mecanismos de representação do espaço por parte dos cidadãos. Neste contexto, a diversificação de fontes de informação (fotografias, vídeos, mapas, desenhos, etc.) é fundamental, o que confere grande importância aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) nos processos participativos. Sempre que o "onde" aparece entre as questões e os problemas que podem ser resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade para considerar a adoção de um SIG.
Será, assim, desenvolvido um WebSIG que constituirá um espaço onde todos os intervenientes poderão partilhar, analisar e comparar os resultados recolhidos durante as atividades de monitorização, no que se pretende que possa vir a ser, caso o presente projeto venha a ser replicado, um grande reservatório online de informação relativa à qualidade do ar e do ruído. O WebSIG a desenvolver irá contar com várias componentes interativas: a) dashboards, aplicação que permitirá apresentar os resultados quantitativos do projeto de uma forma imediata e em tempo real recorrendo não só a mapas, mas também a elementos visuais de análise como gráficos, listas ou medidores; b) um geovisualizador, aplicação de mapeamento que permitirá cruzar a informação quantitativa e qualitativa do projeto através de diversas camadas; c) storymaps, aplicação indicada para comunicar dados quantitativos e qualitativos através da concepção de narrativas que podem gerar mudança, influenciar opiniões e criar consciência, das quais os mapas personalizados são parte integrante, ilustrando relações espaciais, dando um sentido de localização mais forte e adicionando apelo visual e credibilidade à mensagem a comunicar.
O mapeamento será feito pelos professores e membros da ASPEA capacitados, em conjunto com os alunos. No final da fase de mapeamento, será feita uma análise dos dados recolhidos, identificando as regiões que enfrentam mais e maiores problemas ao nível da qualidade do ar e ruído. Os resultados obtidos serão posteriormente comparados com os índices da plataforma QUALAR , da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), seguindo os mesmos critérios e parâmetros físico-químicos de medição, como forma de aferição da sua qualidade. Uma vez uniformizados, a base de dados do projeto poderá complementar a plataforma QUALAR, uma vez que cobre micro-regiões fora do alcance da rede de medição da APA. Por fim, este mapeamento será também integrado numa plataforma mais extensa que pretende configurar um futuro Observatório de EA, que incluirá iniciativas em diversas áreas temáticas e abordagens sociopedagógicas.
Os produtos disponíveis para visualização contemplam dois tipos de medições:
- 1. Medições contínuas de partículas PM2.5 e PM10, feitas por dispositivos de monitorização fixos nas escolas e núcleos regionais da ASPEA.
- 2. Medições de partículas e ruído efetuadas em diferentes pontos de um percurso pré definido.
Estas medições podem ser visualizadas através de um dos seguintes dashboards:
- Dispositivos de monitorização fixos;
- Dispositivos de monitorização móveis, em cada percurso.