Secretário de Estado do Ambiente abre, em 1º ato público, XXX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental

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O Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, esteve presente no dia 19 de abril, na Sessão de Abertura das XXX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental, organizadas pela nossa associação, em parceria com o Município das Caldas da Rainha e o Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. “A sobrevivência desta casa comum depende dos nossos comportamentos e da nossa ação”, afirmou o Secretário de Estado, no seu discurso. 

Tendo em conta a temática do evento “Territórios e Políticas de Proximidade: Desafios e Oportunidades”, Emídio Sousa explicou que são precisas políticas públicas de proximidade e é preciso que cada pessoa também perceba que é no cumprimento e responsabilidade individual, e é depois nos compromissos enquanto entidades coletivas, que se pode participar na mudança de paradigma para sociedades ambientalmente mais responsáveis.

No seu primeiro evento público no cargo, o responsável revelou que a escolha deste evento como primeira ação pública foi propositada, uma vez que se tornou “Presidente de Câmara [em Santa Maria da Feira] por causa do ambiente”, devido à falta de água potável e problemas de esgoto. A sua presença foi “quase voltar a retomar um processo que iniciei há 30 anos”, quando iniciou a sua atividade profissional com questões relacionadas com a água. 

“Estas jornadas, eu diria que são quase um alimento para cada um de nós, para depois quando formos para a rua, sentirmos outra vez fortalecidos. Porque por vezes parece que o trabalho é inglório. Vocês que estão no terreno sabem disso. Parece que muitas vezes aquilo não chega lá. [Mas] chega.” “Nunca desistam. Pode demorar um ano, dez anos, vinte anos, mas acreditem que vale a pena”, concluiu.

Por sua vez, o nosso presidente, Joaquim Ramos Pinto, explicou que “o tema destas jornadas reflete a complexidade dos problemas ambientais, que enfrentamos atualmente, assim como a urgência de pensarmos as diversas maneiras pelas quais poderemos abordá-los e atuar sobre eles através da Educação Ambiental, valorizando os processos participativos que envolvam toda a sociedade, em especial os contributos dos mais jovens nos processos de tomada de decisão ao nível das políticas locais”.

“É crucial reconhecer que enfrentamos desafios significativos neste caminho e obstáculos a serem superados, desde os interesses e os interessados de uma sociedade economicista e consumista ou a falta de recursos e infraestruturas adequadas. No entanto, cada desafio também representa uma oportunidade para a inovação, colaboração e liderança”, antecipou. 

Joaquim Ramos Pinto alertou ainda para a necessidade de reforço financeiro para projetos de Educação Ambiental, através do Fundo Ambiental e da necessidade de avaliar a Estratégia Nacional de Educação Ambiental, na sua revisão, no Horizonte 2030, juntando todos os atores da sociedade. “Precisamos também de orientações políticas para que os municípios desenvolvam as suas Estratégias Municipais de Educação Ambiental”, concluiu.

A cerimónia contou ainda com a presença de Pedro Florêncio, Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, que considerou importantes as políticas de proximidade em Educação Ambiental, sendo “fundamental que as políticas estejam devidamente alinhadas com as melhores soluções, próximas da população”. “Os desafios ambientais são complexos e exigem soluções integradas. Portanto, é necessário que as políticas de proximidade em Educação Ambiental também, aliás, tema feliz destas jornadas, trabalhem em conjunto com outros setores”, alertou.

Sílvia Castro, da Direção-Geral da Educação, felicitou o trabalho que tem sido desenvolvido nas escolas ao nível da Educação Ambiental e a dedicação dos jovens a estas temáticas. “É notável o entusiasmo e o empenho que atualmente os jovens têm vindo a desenvolver nestas causas ambientais. E é muito bom que se desenvolva o conhecimento nestas áreas para evitar atitudes às vezes mais extremistas e pouco relacionais”, notou. “Nós não podemos parar o desenvolvimento. Temos é de promover o desenvolvimento de uma forma sustentada e temos que preparar jovens para serem futuros cidadãos com capacidade de intervir de forma informada, de forma racional nestas questões que têm a ver com o ambiente”, explicou.

Por sua vez, Francisco Teixeira, Diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), reforçou a importância do protocolo de cooperação que os Ministérios que tutelam a Educação e o Ambiente, celebrado em 1996, que tem permitido a criação de sinergias entre agentes públicos, a introdução de conteúdos nos currículos, entre outros instrumentos de promoção da educação ambiental em Portugal. “Esta base de cooperação permitiu uma construção paulatina de instrumentos estratégicos de política pública amplamente participados e que ainda hoje orientam a agenda da Educação Ambiental”, como a Estratégia Nacional de Educação Ambiental e a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania.

Joaquim Beato,  vice-presidente do  Município das Caldas da Rainha, realçou a atualidade do tema das Jornadas para a “a continuidade daquela vivência que se chama viver na Terra e, portanto, viver neste planeta Terra”. 

Por fim, o Diretor do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, Mário Branquinho, notou que o CCC tem se posicionado na promoção da Educação Ambiental, aliando a cultura ao ambiente. 

As XXX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental realizaram-se entre os dias 19 e 21 de abril, nas Caldas da Rainha. O evento contou com o apoio da GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente), Associação PATO (Associação de Defesa do Paul de Tornada), QUERCUS, LPN (Liga para a Proteção da Natureza),  SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), SPECO (Sociedade Portuguesa de Ecologia), Geoparque do Oeste, Águas do Tejo Atlântico e com cofinanciamento do programa Erasmus+. 

Declarações em vídeo em: https://youtu.be/-Aw9_NtsxGw?t=1653.

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