A ASPEA na COP25

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O presidente da ASPEA, Joaquim Ramos Pinto, chegou a Madrid na passada segunda-feira de manhã, tendo participado na sessão de abertura da 25° Conferência sobre Alterações Climáticas da ONU - COP25 - e numa Mesa-redonda, como orador, sobre o tema "Coordenação Educativa Internacional perante a Emergência Climática”.

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Na terça-feira, Joaquim Ramos Pinto participou, em direto, por Skype, no programa “Opinião Pública” da SIC Notícias e estabeleceu contactos com representantes de várias organizações internacionais, interessadas em criar sinergias com a ASPEA na mobilização dos jovens perante a Emergência Climática.

O presidente da ASPEA participou, ainda, no último dia da conferência, numa Mesa-redonda, na qual se lançou o processo de elaboração da Estratégia Espanhola de Educação Ambiental, tendo a oportunidade de dar o seu testemunho sobre a participação da ASPEA na elaboração da Estratégia Nacional de Educação Ambiental e o percurso de 4 anos da estratégia.

A ASPEA esteve também representada na Conferência da Juventude - COY15 - pela Ana Sofia Henriques, uma jovem estudante de direito que faz parte dos corpos sociais da Associação. A Ana integra a Youth Press Agency, um grupo internacional de 30 jovens provenientes de 8 países (Brasil, Colômbia, Argentina, Costa Rica, Itália, Espanha, Portugal e Arménia) que participam em atividades e fazem a cobertura da COP25 e da Cumbre de los Pueblos, que se realizam ambas em Madrid, de 2 a 13 de dezembro. Esta é uma experiência especial que atingiu, este ano, a sua oitava edição.

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A mobilização de uma organização internacional de jovens é uma das atividades principais do projeto Youth Press Agency, promovido pela Viração Educomunicação no Brazil, pela Climalab na Colômbia e pela Viração&Jangada em Itália, patrocinado pela Ashoka (Espanha), no qual a ASPEA é parceira há 6 anos.

A COP25 e a Cumbre de los Pueblos vão contar com cerca de 25 mil participantes, entre os quais, os negociadores e diplomatas dos 195 países membros do Acordo de Paris, delegados de multinacionais e observadores de ONG's e movimentos sociais.

A conferência da ONU deveria ter acontecido em Santiago (Chile), mas foi alterada para Madrid depois do presidente chileno, Sebastián Piñera, cancelar o evento devido à instabilidade do país. O estado latino-americano está a experienciar uma onda de protestos de uma sociedade civil cada vez mais afetada pela dramática crise social e económica.

Em Madrid, os jovens repórteres participaram, também, na COY15. Esta aconteceu de 29 de novembro a 1 de dezembro e foi um espaço onde as gerações jovens puderam trocar experiências e conhecimento acerca das alterações climáticas, criar novas redes e movimentos, desenvolver ideias criativas e prepararem-se para terem um papel ativo na COP25. Precisamente deste modo, surgiu a ideia de criar o movimento global Fridays for Future que nasceu no ano passado.

Os trabalhos para ambas as Conferências da ONU começam apenas alguns dias depois do alerta emitido pela Organização Mundial de Meteorologia. O seu estudo mais recente sobre gases com efeitos de estufa mostra que, em 2018, a concentração média global de CO2 atingiu o valor recorde de 407,8 partes por milhão. No ano anterior, a concentração flutuou em torno das 405,5 partes por milhão. O aparente interminável crescimento das emissões de CO2 traduz-se "num impacto das alterações climáticas cada vez mais sério, com aumento das temperaturas e do nível da água do mar, eventos extremos, perturbação da água e dos ecossistemas terrestres e marinhos", dizem os peritos.

A importância da conferência em Madrid

A COP25 tem uma grande importância. É esperado que as delegações de todos os países elaborem as regras e condições que devem reger o Acordo de Paris quando o mesmo for aplicado, em 2020. Os negociadores têm de definir objetivos mais ambiciosos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, de modo a que sejam cumpridos os acordos e, ainda mais importante, de modo a conter o crescimento da temperatura global dentro do limite de +2°C, em relação à temperatura média da era pré-industrial. Isto aparenta ser um desafio cada vez mais urgente que ainda não se desenvolveu na transição necessária para uma economia e sociedade livre de carbono, não obstante o facto de o aquecimento global estar a agravar e os seus efeitos no planeta e na população estarem a piorar.

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